‘Adorava correr atrás dos balões’: amigo de infância de Zagallo relembra histórias na Tijuca
Acadêmico da Academia Brasileira de Letras também falou sobre o time de coração do Velho Lobo
Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro
Nascido em Alagoas, mas criado na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro e próximo do Maracanã, Zagallo, que morreu na madrugada do último sábado, acumula histórias na cidade carioca. Muitas delas são no meio do futebol, claro, mas outras, pra lá de curiosas, não.
Acadêmico da Academia Brasileira de Letras, Arnaldo Riskier, atualmente com 88 anos, vivenciou muitas dessas histórias de Zagallo na Tijuca. Ao GLOBO, o escritor confidenciou algumas.
— Aos 92 anos, Zagalo deixa nosso convívio para ir ao encontro de outros ídolos como o incomparável Pelé. São os nossos imortais das quatro linhas, que ajudaram a transformar o Brasil no país do futebol. Uma lembrança dos nossos tempos de Tijuca: ele adorava correr atrás dos balões que brilhavam nos céus da região. Com uma particularidade: era sempre o primeiro a chegar quando o balão iniciava a sua queda inexorável. Corria muito e por isso na nossa turma era considerado o “rei dos balões” — revelou Riskier.
Ídolo da seleção brasileira, do Botafogo e do Flamengo, Zagallo deixava no ar, sempre com bom humor, a resposta sobre qual seria o seu time do coração. Revelado pelo América, o ex-jogador e treinador cultivou grande relação com os rivais cariocas. O amigo, porém, acredita que o Velho Lobo torcia, sim, para um deles.
— Era tijucano de corpo e alma. Conheceu a esposa na rua Gonçalves Crespo, que frequentou com intensidade. Mas de coração acredito que torcia pelo Botafogo, clube de astros co